Série Omnia Mutantur

Do maior aglomerado de galáxias até a menor partícula subatômica tudo que compõem o universo em um determinado instante é fruto de infinitos ciclos de construções e descontruções, nascimentos e mortes.

   Como parte integrante do cosmos todos os seres vivos deste planeta são alcançados por essa “lei universal”, obviamente, isso inclui nós, seres humanos.        Nascemos e seguimos a jornada da vida sabendo que nossa existência se encerrará um dia, ao menos da forma como a percebemos hoje. 

   De alguma forma seguiremos fazendo parte do cosmos.

   Como? Não existem respostas absolutas. Apenas a fé que a sua própria essência sente (ou não sente) é capaz de tentar alcançar tão intangível resposta. 

   Ao longo da jornada humana na terra diversas culturas como a egípcia e mais recentemente pensadores, filósofos, poetas e cientistas perceberam essa realidade  e nos deixaram importantes registros tais como:

  • O filósofo pré-socrático  Heráclito nascido na Jônia atual Turquia (500 a.C. – 450 a.C.) disse: A única coisa que não muda é que tudo muda”, “Tudo flui, nada permanece“;
  • O poeta romano Ovídio,  (43 aC. à 17-18 dC) no Livro XV, versículo 165 do poema “As Metamorfoses” disse: Omnia Mutantur, nihil interit” [tudo muda, nada perece];
  • Talvez o mais conhecido de todos, o químico franco-belga Antoine-Laurent de Lavoisier (Paris, 26/08/1743 a 8/5/1794) disse: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”

    O título desta série homenageia o poeta Ovídio pois o processo artístico empregado nessas obras incorpora o espírito do “Omnia Mutantur [tudo muda]. 

    O processo inicia com a criação de uma “imagem original” (como exemplificadas abaixo*) concreta, simples, colorida e geométrica gerada através de técnicas de programação (code art)

    Posteriormente a imagens original passa por transformações através da utilização de ferramentas de edição digital e assim é construida uma novas e exuberante imagem com cores intensas, movimentos fluidos e sutis transparências.

   A nova imagem, por sua vez, também pode ser transformada pela aplicação do mesmo processo e assim sucessivamente num ciclo infinito.

   Refletir sobre essa dinâmica, fluida e infinita pode ser de grande valia para nosso desenvolvimento pessoal, para que possamos aproveitar melhor nossa existência, para arrefecer tentativas de controlar o que não depende da nossa vontade, para perceber a nossa relação com tudo e todos que estão em nossa volta, para abandonar crenças limitantes  e tantas outras possibilidades que a nossa reflexão acurada poderá trazer à nossa consciência a partir da ideia que tudo na vida é fluido e passageiro como assim é todo o universo.

*Exemplo de imagens originais

Clique na imagem para ver em tamanho maior 
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